quarta-feira, 21 de abril de 2010

TERAPIA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL......

Definição:

O Acidente Vascular Cerebral – AVC - ou Acidente Vascular Encefálico – AVE - é descrito como déficit neurológico de início súbito causado por distúrbio vascular que acarreta a interrupção do fluxo sanguíneo para uma área específica, resultando em lesão cerebral e conseqüente comprometimento motor, sensorial, da cognição, da linguagem e da percepção visual.

Sintomas:

Os sintomas iniciais do AVE, comumente englobam a incoordenação em um membro, alteração na sensibilidade ou formigamento no membro ou na face, comprometimento da fala, dificuldade de deglutição, distúrbios visuais ou cognitivos ou cefaléia intensa.
Etiologia:

Alguns fatores como tumores ou traumas podem ocasionar a interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, porém as causas mais freqüentes são a isquemia e a hemorragia.



Isquemia: é a causa mais comum de AVE,responsável por 70 a 75% dos casos, sendo definida como obstrução de um vaso devido à presença de trombose – estenose ou oclusão resultante de arteriosclerose, ou embolia – presença de trombo formado em um outro local do sistema vascular que se fragmenta e atinge um vaso cerebral.



Hemorragia: é decorrente da ruptura da parede vascular secundária à presença de aneurismas, hipertensão arterial sistêmica e/ou malformações arteriovenosas.


Fatores que predispõem à ocorrência de um AVE:

- Hipertensão;

- Obesidade;

- Idade avançada;

- Sedentarismo;

- Diabetes;

- História de distúrbio vascular e infarto do miocárdio

Prevalência:

Ocorre com mais freqüência em indivíduos acima de 65 anos que geralmente apresentam história prévia de fatores de risco, embora possa acometer pessoas de qualquer faixa etária. A incidência em adultos jovens está relacionada à exposição a alguns fatores de risco como uso de contraceptivos orais: uso de drogas, principalmente vasoconstritoras como a cocaína: estresse e alterações na pressão arterial com concomitante malformação de artérias cerebrais.

Diagnóstico:

É fundamentado Ana elaboração de uma história clínica detalhada e na realização de exames físico e neurológico que podem indicar a artéria acometida a partir dos sintomas apresentados, embora a diferenciação quanto a etiologia hemorrágica ou isquêmica não possa ser realizada com base em achados clínicos. A realização de tomografia computadorizada e ressonância magnética indica a etiologia e confirma o território vascular afetado.

Prognóstico:

A etiologia, o tamanho, o local da lesão e a progressão da recuperação influenciam o prognóstico. A presença de flacidez, a severidade dos déficits motores iniciais, a ocorrência prévia de AVE, déficits visuoespaciais e cognitivos, afasia, perda do controle vesical, doenças preexistentes como diabetes ou distúrbios cardíacos e vascular periférico são indicadores de pior prognósticos, impedindo ou retardando a recuperação funcional. São indicadores de prognostico favorável idade jovem, suporte social adequado, acesso a serviços de reabilitação e retorno ao trabalho.

Tratamento terapêutico ocupacional:

O tratamento deve ser instituído precocemente, uma vez que o período de maior recuperação funcional compreende os primeiros seis meses, sendo o primeiro mês o período de recuperação maciça.

Inicialmente é realizada a anamnese enfocando a ocorrência de fatores que podem interferir no processo de reabilitação ou retardar a progressão, como doenças preexistentes, motivação ou interesse e suporte social. A avaliação enfatizará o modo de execução das atividades valorizadas pelo cliente, identificando componentes que possivelmente estão interferindo no desempenho ocupacional.

O tratamento terapêutico ocupacional é iniciado com a restauração do controle do tronco, concomitantemente à reeducação motora do membro superior, uma vez que a estabilidade proximal necessária para a realização de movimentos distais pode estar afetada em pacientes hemiplégicos

A reeducação motora pode ser fundamentada em várias técnicas, como as descritas por Rood, Kabat, Bobath e Brunnstrom, além das cognitivo-comportamentais.

Bibliografia: Cavalcanti, Alessandra



Terapia Ocupacional: fundamentação & prática / Alessandra Cavalcanti, Cláudia Galvão - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007

Um comentário:

  1. OI MAriana, Gostaria de entrar em contato com voce. Me mande um email para o meu: marisingulani.to@gmail.com.
    Sou mariana, to tambem!
    abraços

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